O nosso ambiente de trabalho é onde passamos a maior parte do nosso dia, na maioria das carreiras o profissional passa em média 40hs por semana em seu emprego. Para que essa horas sejam aproveitadas da melhor forma possível é preciso que haja o mínimo de conforto na jornada de trabalho, em seu texto do dia 23/04 o nosso colaborador Felipe Vieira comentou os benefícios que a prática da Yoga trouxe a rotina de algumas empresas. Mas, se você trabalha em um local que esta distante dessa realidade, e sua jornada de trabalho tem sido um pesadelo por conta de condutas abusivas advindas de seus superiores, saiba que você pode estar sendo vítima de Assédio Moral.
O site http://www.assediomoral.org/ traz uma definição bastante clara sobre o que realmente é assédio moral: “É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego”.
O assédio moral atinge diretamente a dignidade humana, o profissional humilhado ou constrangido passa a vivenciar depressão, angústia, distúrbios do sono, conflitos internos e sentimentos confusos que reafirmam o sentimento de fracasso e inutilidade. Algumas ações que denotam assédio moral:
- sobrecarregar o funcionário de trabalho
- ameaças de demissão e/ou rebaixamento
- submeter a situações vexatórias
- fazer brincadeiras discriminatórias
- questionar a validade de atestados médicos
- controlar idas ao banheiro
- criticar a vida pessoal
- espalhar boatos e fofocas
Em 2000 a Dr. Margarida Barreto, publicou sua dissertação de Mestrado em Psicologia Social , alertando pela primeira vez sobre este tema, onde listou alguns sintomas de opressão no trabalho. Os dados são dados em porcentagem:
(Clique no gráfico para vê-lo em tamanho maior)
E o quais são atitudes que uma pessoa que foi ou é vítima destas agressões deve tomar? Deve-se anotar com detalhes todas as humilhações sofridas contando com o apoio de testemunhas, algum colega de trabalho que estava junto na hora do ocorrido, entrar em contato com médicos e advogados do seu sindicato, procurar outras estâncias como a Justiça do Trabalho, Comissão de direitos humanos e o Conselho Regional de Medicina. Sentir-se bem onde passamos a maior parte do dia é fundamental para levar uma vida digna.