quarta-feira, 29 de abril de 2009

Muito mais que um InCômodo Profissional...

O nosso ambiente de trabalho é onde passamos a maior parte do nosso dia, na maioria das carreiras o profissional passa em média 40hs por semana em seu emprego. Para que essa horas sejam aproveitadas da melhor forma possível é preciso que haja o mínimo de conforto na jornada de trabalho, em seu texto do dia 23/04 o nosso colaborador Felipe Vieira comentou os benefícios que a prática da Yoga trouxe a rotina de algumas empresas. Mas, se você trabalha em um local que esta distante dessa realidade, e sua jornada de trabalho tem sido um pesadelo por conta de condutas abusivas advindas de seus superiores, saiba que você pode estar sendo vítima de Assédio Moral.

O site http://www.assediomoral.org/ traz uma definição bastante clara sobre o que realmente é assédio moral: “É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego”.

O assédio moral atinge diretamente a dignidade humana, o profissional humilhado ou constrangido passa a vivenciar depressão, angústia, distúrbios do sono, conflitos internos e sentimentos confusos que reafirmam o sentimento de fracasso e inutilidade. Algumas ações que denotam assédio moral:

- sobrecarregar o funcionário de trabalho

- ameaças de demissão e/ou rebaixamento

- submeter a situações vexatórias

- fazer brincadeiras discriminatórias

- questionar a validade de atestados médicos

- controlar idas ao banheiro

- criticar a vida pessoal

- espalhar boatos e fofocas

Em 2000 a Dr. Margarida Barreto, publicou sua dissertação de Mestrado em Psicologia Social , alertando pela primeira vez sobre este tema, onde listou alguns sintomas de opressão no trabalho. Os dados são dados em porcentagem:

(Clique no gráfico para vê-lo em tamanho maior)



E o quais são atitudes que uma pessoa que foi ou é vítima destas agressões deve tomar? Deve-se anotar com detalhes todas as humilhações sofridas contando com o apoio de testemunhas, algum colega de trabalho que estava junto na hora do ocorrido, entrar em contato com médicos e advogados do seu sindicato, procurar outras estâncias como a Justiça do Trabalho, Comissão de direitos humanos e o Conselho Regional de Medicina. Sentir-se bem onde passamos a maior parte do dia é fundamental para levar uma vida digna.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Profissões curiosas

Engenharia Florestal

Você pode pensar que a Engenharia Florestal é uma profissão nova. Já que a mobilização pró-verde está virando tendência entre empresas e a população mais engajada, após evidências dos prejuízos causados pelo aquecimento global no século XXI. Mas, em 1825, em Tharandt – Alemanha, a primeira escola a profissionalizar especialistas em ciência florestal iniciou suas atividades. Então, podemos perceber que a preocupação com a natureza nasceu muito antes da revolução industrial, um dos principais adventos que provocaram a bolha de poluição e destruição de nosso “pequeno” e “frágil” planeta.

No Brasil, a engenharia florestal foi muito importante para tentar recuperar os estragos feitos na Ditadura Militar que quis “desbravar” as partes verdes intocadas de nosso país. Com o lema “Integrar para não Entregar”, foi construída a Transamazônica, obra faraônica que cortou o norte brasileiro. A corrida pela busca de fontes alternativas de energia, após o embargo árabe de importação de petróleo ao ocidente, fez com que o governo concedesse diversos incentivos fiscais para empresas de reflorestamento, pois a exploração do carvão vegetal, lenha e álcool metílico se tornou essencial para a economia nacional. Ocorre que muitas das empresas cumpriram seu papel trazendo árvores exóticas que empobreciam o solo fértil deste país. Nasce aí o planejamento...a engenharia florestal brasileira que estudou a melhor forma de reflorestar o que ainda podia ser salvo.

O engenheiro florestal tem como atividade estudar os recursos florestais e elaborar projetos de reflorestamento. Ele busca harmonizar o projeto ambiental com a produção econômica, através de estudo das sementes, visando o melhoramento genético das espécies vegetais e suas condições de adaptação ao meio ambiente.

O curso superior possui duração de 5 anos e o aluno irá ter as seguintes disciplinas:
Ecologia, Biologia, Tecnologia Florestal, Matemática, Estatística, Física, Química, Botânica, Zoologia, Processamento de Dados, Solos, Topografia e Climatologia.

Para mais informações, visite o site da Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais.

Fé na economia




As manchetes de alguns dos grandes jornais do país, no último fim de semana, mostram que os efeitos da crise econômica devem ser observados com maior atenção pelos brasileiros, ao menos devido à grande diminuição dos postos de trabalho. Afinal, os impactos começam a ser sentidos onde mais dói, o bolso.

Na Folha temos “Taxa de desemprego sobe para 9% em março”, no Estadão “Jovens foram os mais afetados pelo desemprego em março”, e no O Globo “Taxa de desemprego chega a 17,36% na Espanha”, e em todos o destaque é o desemprego.

Então, levanto aqui três possiblidades de efetiva mudança com relação a essas notícias para quem está empregado. 1 – Manchetes como essas fazem com que as pessoas “valorizem” mais seus empregos, por isso ganham tamanho destaque. 2 – Ao lê-las, muitos repensarão se seus “incômodos trabalhistas” devem ser levados mais à sério que a situação econômica do país (e do mundo). 3 - A crise nos impede à busca por mudanças? Assim, percebo que para muitos, estar empregado, mais do que nunca, adquiriu um status elevado, o importante não é “realizar-se”, mas sim “fixar-se” em alguma ocupação, o que contradiz muito do que foi “pregado” nesse blog até aqui. Talvez esse seja um dos efeitos possitivos da crise, rever nossa percepção dos fatos.

É interessante observar nos dados levantados através das manchetes citadas acima, que o salário médio de quem está empregado aumentou em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo o número de empregados no ano teve considerável aumento, mas o desemprego começa a aparecer mais forte, o que derruba os índices positivos, ao menos em propagação na grande mídia. Outras pontos importantes das pesquisas são os idicadores que apontam os menos escolarizados como os que mais sofrem com o desemprego, que afeta mais o setor da indústria. E para não ficar apenas no nosso quintal, miramos no do vizinho: a Espanha também sofre com a diminuição dos postos de trabalho, a maior registrada nos últimos 32 anos.

Repito aqui os dados encontrados nas notícias indicadas até para percebê-los melhor, já que nunca fui muito próximo das notas de economia, um grave erro. E o reflexo desse distanciamento, em geral, é o caos. Quem não entende de economia, e tão pouco lê materias em jornais ou revistas sobre o assunto, quando muito se detem apenas às “chamadas”, sensibilizando-se a partir delas, e interpretando-as como bem puder, o que interfere diretamente nas atitudes adotadas para lidar com o problema.

A intenção desse post é apenas fazer refletir sobre os impactos da crise nas nossas vidas, não a curto, mas a longo prazo. Lembrando que qualquer um pode ser atingido, em momentos de crise ou não, e isso não deve causar medo ou insegurança, mas passar por essa fase incólume é negar-se a chance de crescimento.

Se você for dos que não se animam muito em se aprofundar nesse setor, não espere os mistérios da fé operarem em você, venha por um possível (e até mesmo pseudo) amor à economia, não espere ser "atacado" e acabar vindo pela dor.

Para quem se empolga mais através de apelos visuais, além dos textuais, fica aqui a indicação do espaço especial no Estadão on line, cheinho de gráficos, tabelas e afins. Nade nos números, mas não se deixe afogar por eles.



Cartuns de Caco Galhardo

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O Grito

Para quem tem a idéia de que ser um Investidor Profissional é pura moleza, como acontece nos filmes, é só pedir demissão do emprego e passar o dia inteiro em casa de chinelo e bermudas, gastando algumas horinhas à frente do computador e ganhando rios de dinheiro, fiquem sabendo: Não é bem por ai.

Até que de ouvir falar, parece uma profissão bem interessante, não é mesmo?
Bom, apenas é preciso ter um computar ligado à Internet, cadastro em uma corretora de valores credenciada pela Bovespa, e algum dinheiro para aplicação inicial, pode-se começar com 100 reais.

O investidor profissional precisa ser uma pessoa extremamente organizada, e que ao mesmo tempo haja com prudência e saiba arriscar. Além, é claro, de dedicação aos negócios, pois não é apenas com a sorte que o aplicador deve contar, e sim com as estatísticas. Por exemplo, no domingo à noite, já é preciso obter informações de como as bolsas asiáticas iniciaram o dia, também é necessário analisar o balanço das empresas em que se pretende investir.

Estudar, estudar muito, essa é a pedida para quem se interessou pelo assunto, não é preciso nem sair de casa, pela Internet é possível obter todas as informações necessárias, existem alguns sites que explicam os passos iniciais para essa empreitada, o mais seguro e conhecido é o da Bovespa
, lá você poderá conhecer o conceito fundamental do mercado de ações, as ferramentas para aplicação e acompanhamento, palestras virtuais gratuitas, plantão de dúvidas, e conhecer quais são as corretoras mais confiáveis e o perfil de cada uma.

Claro que a idéia citada no inicio do texto sobre largar seu emprego para se dedicar a esta carreira é um tanto quanto arrojada demais (como diriam os investidores)! Nós do Blog Incômodo Profissional, não queremos que ninguém saia por ai tomando decisões precipitadas, portanto, a dica é, comece a investir com pequenos valores, procure uma corretora que se adapte a seu estilo e necessidade.

Você também tem a opção de começar brincando de investir, neste site:
www.investshop.com.br, que é de uma correta muito conhecida, existe um simulador, para treinar, antes de colocar a prova seu dinheiro, quem sabe você não descobre um grande talento e realiza o sonho de milhares de profissionais frustrados: mandar o chefe ir plantar batatas, passar no RH e dizer em alto e bom som: Eu me demito!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Onde cantam os grilos

Imaginava que pessoas mais jovens (nascidas e criadas em São Paulo), em geral, jamais optariam por “deixar” toda a movimentação cultural e social da cidade, por uma vida pacata no interior. Cheguei a discutir isso com amigos que me alertaram do contrário, é cada vez mais comum o êxodo urbano, e não apenas por aposentados em busca de tranqüilidade. A metrópole está saturando as pessoas.

Boa parte desse desconforto em relação à vida na cidade grande, vem de problemas tipicamente urbanos como trânsito intenso, as grandes distâncias entre trabalho-casa, a poluição do ar e sonora, e o alto custo de vida, que vai contra a pouca qualidade oferecida.

Mas mesmo com os argumentos apresentados, ainda mantive minha idéia de que os problemas não superam a quantidade de ‘escapes’ que a cidade possui. Cinemas (cada vez mais salas, inclusive IMAX!), teatros (dos comerciais aos mais undergrounds), parques, shows (exclusivos, gratuitos, e em quantidades cada vez maiores), baladas (para todas as tribos), eventos culturais (Virada, Mostra, Parada), restaurantes, etc.

Mas como considero que pensamentos imutáveis são uma forma grave de ignorância, resolvi tentar entender o que passa na cabeça de quem optou por essa “troca de ares” e nessa busca encontrei Carol Paz e Alexandre Nix.

Novos Caminhos

Nix tem 31 anos, é formado em Publicidade, trabalha como Redator, Gerente de projetos web e Consultor de marketing e mídias sociais. Carol, sua esposa, tem 33 anos, é formada em Sociologia e Engenharia, e atua como Empresária e Artista Plástica.

Ambos deixaram a vida agitada do centro de São Paulo, pela qualidade e simplicidade da vida em Campos do Jordão (183 km da capital). Mas eles não consideram a mudança algo “radical”, como muitos podem pensar. “Amo São Paulo, mas não via sentido em viver num apartamento pequeno. O que me incomodava e me incomoda muito é o trânsito e o barulho. Também não é nada legal a poluição e a ameaça de insegurança”, conta Carol.

E o objetivo dos dois é ir ainda mais longe. Nix conta que eles querem comprar um sítio, com bom acesso à cidade, mas seguramente afastado. “Desde criança conheci várias pessoas que haviam deixado a vida na cidade grande e viviam no campo, muito felizes. A idéia sempre me pareceu ótima, mas seria impossível para mim, começar do zero e abandonar de um dia para o outro toda minha experiência de trabalho em uma área que só existe na urbe. Quando soube que finalmente havia internet à rádio na Serra da Mantiqueira, decidi que agora seria possível. Namorei a idéia e comecei a pensar que primeiro precisava trabalhar de casa. Aí, fiz a proposta para a Carol, que aceitou de imediato. Acho que nem teria feito a proposta se ela não fosse ela. Se fosse outra pessoa provavelmente eu responderia essa entrevista sozinho hoje”.

Outro ponto relevante numa decisão como essa é a questão financeira. De onde tirar o sustento nesse novo ambiente, já que provavelmente não haverá tantas oportunidades no interior quanto na capital? E aí está outro grande diferencial do casal. Eles trabalham em sistema Home Office (trabalho em casa, e, nesse caso, prioritariamente pela internet).

“Há equívocos em achar que é preciso estar preso a um contexto, a um território, em tempos de internet e, cada vez mais efetiva, possibilidade de trabalho remoto. Acho que muita gente é acomodada e tem medo da mudança. Se não precisa bater ponto não há porque viver em uma condição incômoda”, sentencia Carol.


“Há quem pense que nos isolamos do mundo.
Isso é uma tremenda bobagem”

Provando que Sartre estava certo e o inferno realmente são os outros, Nix conta que mesmo com bases sólidas e mudança apenas de ambiente (não em qualidade do seu trabalho), os empregadores ainda mantêm desconfianças. “Em teoria não muda nada, mas na prática ainda é preciso convencê-los disso. Por isso Campos do Jordão pareceu uma boa idéia para um período de adaptação, até nos mudarmos definitivamente para um sítio. Estamos a menos de três horas da cidade de São Paulo e, por lá, tem gente que perde esse tempo no trânsito voltando para casa”.

Embora a mudança tenha sido planejada e bem estruturada antes de ser concretizada, o processo em si não foi dos mais fáceis. “A primeira semana foi um inferno! 98% por causa da falta de internet (nosso meio de vida - nossos trabalhos dependem do acesso 24/7). Os demais 2% foram os impactos de ter tudo encaixotado, bagunça e sujeira da casa, etc. Na semana seguinte já começamos a viver bem e, digo por mim, felizes”, deleita-se Carol.
Para Nix, o atraso brasileiro na resolução de problemas é outro fator complicador. “Ao contrário do norte-americano, o brasileiro não tem a mesma cultura de se mudar de cidades (não com a mesma freqüência média) e muitos dos serviços não levam em consideração quem acabou de mudar. Impossível, por exemplo, ter um celular local porque as operadoras de telefonia exigem, como comprovante de residência, uma cópia de uma conta qualquer no meu nome. Como fazer isso, se acabamos de chegar? E os serviços que exigem um telefone fixo? Tem coisa mais 1997?”.


Vida Nova

Ateliê/escritório de Carol

Pra quem se empolgou com essa história e sentiu aquela vontade de “largar tudo!”, ou ao menos “viajar mais”, finalizo com relatos dos dois sobre sua atual rotina e dicas para quem quiser se arriscar:

Carol - Minha rotina é acordar, tomar café, ir ao ateliê e trabalhar. Final do dia, fecho o ateliê e relaxo em casa. Isso, TODO O DIA! Aí vem uma dica importante para quem pensa em trabalhar home office: é preciso disciplina! Essa rotina para mim é deliciosa. Eu gosto do que faço, do meu dia-a-dia e do espaço de trabalho que tenho hoje. Estando conectada, está tudo lindo!

Nix - Acordar, verificar se meu computador ainda está ligado, tomar café, lavar a louça, ver e-mails, ligar para o fulano que vai trabalhar na cerca, ligar para o encanador, ligar para a serralheria, incomodar até três pessoas no MSN até a hora do almoço. De tarde não tenho rotina. Como meus trabalhos variam, varia meu tempo na frente do micro. Geralmente fico direto na frente do computador, mas volta e meia saio para consertar algo na casa, pregar um hack na parede, expulsar vespas do telhado, maritacas do forro... O importante é não ficar parado.


Para quem quer conhecer ainda mais os dois, Carol e Nix mantêm um blog chamado, adequadamente, Êxodo Urbano, lá eles contaram um pouco do processo para a mudança.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Coração de Detetive - Final

Física, Direito e Psicologia

Três ciências que ele diz utilizar bastante em seu trabalho são a Física, o Direito e a Psicologia. “Com a física eu aprendi a medir as distâncias de focalização do objeto, pra saber onde eu seria visto ou não. Da psicologia eu aprendi pouco, mas o pouco eu uso, sei que demonstrar confiança é um fator fundamental para conquistar clientes, assim como ser atencioso e simpático. Outra coisa importante é nunca demonstrar emoções ruins na frente do cliente, muitas vezes tinha que dar notícias de traição conjugal, ver a pessoa se acabar de chorar e não me abalar com isso, tinha que agir naturalmente, ou então ela sairia dali e se mataria. Já o Direito, que eu cursei até o quarto ano, foi essencial para me manter fora da cadeia. Conhecer onde começa e onde termina o direito do outro garante uma maior qualidade do meu trabalho”.

Ir, vir e permanecer em vias públicas. Esses são os direitos básicos de qualquer cidadão e é justamente disso que ele se utiliza para captar flagras, conhecer a rotina de seus suspeitos e descobrir quais os mistérios que qualquer pessoa possa esconder. “Os únicos cuidados que eu tenho que tomar enquanto estou seguindo alguém são que essa pessoa não me veja, para que não se sinta constrangida com a minha presença, pois isso incorreria em um crime. E eu também não posso montar campana no meio da rua, por correr o risco de ser autuado por perturbação pública”, explica.

Seguir, investigar, espiar e delatar podem parecer ações pouco corretas (e o número de processos que ele já recebeu parece afirmar isso), mas Ricardo tem boas justificativas para o que faz, “Sou chamado para investigar um empregado de uma empresa que está afastado por incapacidade para o trabalho, e que continua recebendo, e descubro que ele está bem, trabalhando em uma obra, carregando peças pesadas e tal, isso é a prova de que ele está causando mal aquela empresa, que é o maior bem que um país tem, gera renda, movimenta o capital. Prejudicar essa empresa é prejudicar o país”.

Mas Ricardo não é necessariamente um defensor dos direitos do Estado, mesmo negando, é visível que seu coração sempre o guiou e ainda o guia. Em casos conjugais a regra segue a mesma, “não julgo quem está certo ou errado, mas minha função é descobrir o que está acontecendo. Um caso que não esqueço é de uma mulher que queria saber com quem o marido a estava traindo, eu descobri que era com a filha deles, foi uma coisa muito forte, vi os dois na praia juntos, se beijando. Difícil não se envolver psicologicamente e não julgar”.

Já no fim da conversa Ricardo apoia os cotovelos na mesa, mantém o olhar fixo e sentencia, “todas as pessoas tem o direito de saber a verdade, não me importo o que pensam sobre a minha profissão, o importante é o alívio que a verdade traz, nada paga isso”. Aliás, a filha de sua primeira cliente, não estava envolvida com nada ilegal, para alívio dos dois, detetive e mãe, ela estava apenas sussurrando juras de amor.

Antes de ir embora pedimos água e licença para ir ao banheiro. Ele traz o copo e indica a porta, mas no banheiro não há luz, “queimou a lâmpada hoje”, ele afirma. Impregnados pelo ar de desconfiança acreditamos que o banheiro não tem luz a algum tempo e o copo é devolvido quase cheio. “Será que ele não mentiu nessa história toda?”. Talvez, mas em todo caso, está gravada.

Novidades

Pensando em melhorar a qualidade do nosso blog, desenvolvemos uma nova enquete, a pergunta é: "O que você gostaria de ver no blog?". Selecionamos algumas respostas e agora queremos saber a sua opinião. Se nenhuma das alternativas lhe apetecer comente aqui neste post que avaliaremos as possibilidades de mudança.

Ah, outra novidade com relação ao blog é a moderação de comentários. Não esperávamos que fosse necessário optar por isso, visto que esse é um espaço jornalístico aberto ao pensamento e a discussão inteligente.

Lembrando que críticas serão prontamente liberadas, apenas ofensas e despropósitos serão descartados.

Participe. Obrigado.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Profissões curiosas

E hoje temos mais uma dica de profissão curiosa, só para mostrar que existem outras opções além de administração, publicidade, direito e jornalismo.

Musicoterapia:

Sabemos que a música é algo muito prazeroso para o ser humano. Ela pode ter o poder calmante ou de euforia - de acordo com a escolha feita pelo ouvinte. E também pode ter o poder medicinal para quem tem dificuldade emocional ou de expressão. E é neste contexto que o musicoterapeuta atuará, reabilitando pessoas com problemas psicológicos, mentais e físicos. Neste tratamento o paciente poderá cantar, tocar, dançar e até compor peças teatrais como parte do desenvolvimento das atividades.

As especializações disponíveis são: Musicoterapia Clínica, Musicoterapia Educacional, Musicoterapia Social.


O profissional poderá trabalhar em Clínicas Geriátricas, Clínicas Pediátricas, Hospitais no tratamento de deficientes mentais, pessoas com distúrbios emocionais ou neurológicos. E deverá ter boa relação com o público, muita disposição em ajudar o próximo e criatividade.

A profissão de musicoterapeuta não está regulamentada pelo governo. Mais informações sobre o veto ao projeto e sobre Musicoterapia no portal.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Coração de Detetive - Parte II

Confie desconfiando

“Tesão!”. Essa é a definição que ele usa para justificar sua longa trajetória como detetive particular. Ricardo trabalhava como projetista quando recebeu o convite de um amigo para fazer um curso gratuito de Detetive. Achou a proposta interessante, mas resolveu não fazer o curso naquele momento, não se lembra por quê. Tempos depois, viu um anúncio no jornal da mesma escola de detetives que o amigo tinha lhe indicado, cujo dono era “um tal” Carlos Lacerda. “Na hora eu pensei: Nossa, esse é o nome do meu pai, mas seria muita coincidência se fosse ele”.

Era. Ele pede licença para acender um cigarro e avisa que não é um assunto que gosta muito de tratar, desvia o olhar pela primeira vez, em rápidos instantes, depois prossegue dizendo que perdeu o contato com o pai quando tinha apenas quatro anos. Então, nunca mais se falaram ou se viram. “Eu sabia o nome dele, e só. Depois, descobri que tinha primos e tios detetives, e que vinha de uma família de detetives”, revela, já apontando outro caminho na conversa. “Mas cada um tem uma vertente de trabalho e seu estilo próprio”.

Talvez, por experiência dele ou inexperiência nossa, Ricardo parece dominar a entrevista, e guia o destino da conversa com facilidade. Entra e sai dos assuntos como e quando se sente a vontade, e demonstra ser assim também em seu ofício. “Você tem que saber com quem está lidando, não dá pra confiar em Jornalista. Vocês mesmos, não sei exatamente o que vocês vão publicar, como isso vai ficar no final, mas também não estou preocupado, estou me divertindo”.

Desconfiança é um elemento presente na vida de Ricardo, “exceto em relação à vida pessoal”, garante. Com o tempo ele tornou seu olhar apurado, revela que enxerga muito mais que outras pessoas, mas que em alguns momentos relaxa e passa por desatento, “Fui casado por sete anos e nunca investiguei minha esposa, mas no trabalho é diferente, eu desconfio de todo mundo, até que me provem o contrário. Não sei se vocês são Jornalistas mesmo, vocês podem ser espiões que vieram ver como eu trabalho!”.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Coração de Detetive - Parte I

Está é a primeira parte do Perfil escrito por Renata Gere e Tico Dias.
A próxima parte será postada na próxima segunda.

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Minha vida é um filme... Policial

“Minha filha entrou na faculdade agora e só vive no telefone cochichando. To desconfiada que ela está metida com drogas. Eu queria saber o que ela tanto conversa”. “A senhora pode grampear o telefone”. “Como?”. “Eu tenho esse aparelho, leva, junta alguns fiozinhos e pronto, grava tudo”. “E quanto é?”. “A senhora pode levar emprestado e me traz de volta em uma semana. Se não voltar, a senhora vai pro inferno, hein!”

Ricardo Ferreira, 40 anos, é detetive há 17 anos, mas ainda mantém o mesmo brilho nos seus intensos olhos azuis, ao contar seu primeiro caso na profissão, quando uma empregada doméstica veio lhe consultar sobre possíveis problemas da filha.
Constantemente ri de si mesmo. Ao relembrar o difícil começo, quando mesmo atolado em “compromissos”, como prefere chamar suas dívidas, deixava se envolver emocionalmente com os casos e agia mais com o coração que com a razão. Emprestou o gravador e recebeu como “pagamento”, bolinhos de chuva.

“Mas Deus estava vendo minha boa ação e um tempo depois eu recebi minha primeira ligação importante, que não teria acontecido não fosse esse meu gesto com aquela senhora”, reflete. O chefe de sua primeira cliente era um grande empresário, que acabara de receber a missão de trazer uma reconhecida empresa japonesa para o Brasil e, para tanto, precisava “vigiar” os seus vendedores de todas as formas, inclusive grampeando seus telefones.

O empresário requisitou seu serviço e encomendou 500 aparelhos, iguais aos que havia emprestado anteriormente. Acontece que o aparelho era importado, uma tecnologia que ainda faltava no Brasil, mas que Ricardo conseguia através de contatos no exterior. “O cara me perguntou quanto tempo eu levaria para consegui-los, eu disse: 15 dias! E ele retrucou: se forem em 15 dias mesmo, diga 30, é mais garantido e se você entregar antes, mostra o quanto você é eficaz. Aí eu fechei: 40 dias, então!”.

Ricardo se considera um eterno aprendiz e diz que não houve um cliente que não tenha deixado alguma lição importante a ser guardada. Mesmo o fechamento desse primeiro grande negócio serviu para mostrar o valor do dinheiro, ou melhor, da falta dele. “Depois dos aparelhos eu pude pagar o Manoel da padaria, a quem eu devia por semestre (porque dever por mês é seguir uma mentalidade pobre), acertei com a minha secretaria e paguei o aluguel atrasado. Comprei também um carro, que vivia cheio de mulher, enfim, foi uma época boa”, diverte-se.

Ele foi matéria de capa do Jornal do Comércio, que destacou o fato de ser dono de uma empresa de Detetives aos 24 anos, tempos depois foi também pauta de reportagem do Estadão, mostrando as incríveis tecnologias utilizadas em espionagens. Todo esse envolvimento com a mídia trouxe grande retorno financeiro, que não foi mantido, mas sim “bem gasto”, segundo Ricardo. “Eu aproveitei bem, cheguei a comprar até um Audi e colocar a placa ESP0007. Me dava muita moral, os clientes viam que eu tinha e oferecia sucesso, então confiavam e pagavam o preço que eu quisesse”.Hoje, em seu novo escritório-casa, no bairro da Água Branca, pouco ainda resta das extravagâncias do passado. Mas contrariando a idéia de frustração ou qualquer nuvem de arrependimento que possa pairar sobre sua cabeça, Ricardo diz que está hoje exatamente onde deveria. “Tudo na vida é aprendizado. Eu saí de casa cedo. Fui morar sozinho, que foi o primeiro dos grandes desafios: abrir mão do conforto de ter mãe e avó sempre do lado, fazendo tudo por mim, até hoje sinto falta. Mas se não guardei nada, se não tenho grandes bens, ao menos ficou o aprendizado, isso eu não perco”.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Profissões curiosas


Metereologia:

Enquanto trabalha, você vê pela janela dias lindos passarem e se sente preso dentro de uma sala. Isso te deixa angustiado. E você só pensa numa tarde na piscina ou na praia. Que vontade de ficar sem fazer nada, olhando as marolas do mar. E você tem a brilhante ideia: “Quando chegar o final-de-semana: vou para o litoral!”. E quando chega a sexta-feira você já espera pela previsão do tempo dos próximos dias.

- E chega uma frente fria vinda da Argentina para acabar com o fim-de-semana...

É...o carrasco da folga ensolarada é o metereologista. Mas ele não serve apenas para te deprimir, frustrando viagens, mas também prevê catástrofes climáticas causadas pelo aquecimento global. Atualmente esse profissional se tornou um grande mensageiro da mãe Natureza, pois ele nos avisa todos os dias que o ritmo da vida humana na Terra já está prejudicando o ciclo natural. Por isso, temos fenômenos como El Nino e El Nina. E ele também é um grande parceiro dos agricultores que podem se apoiar nas previsões para decidir qual será o melhor plantio no período.

Se você possui interesse em trabalhar com previsão do tempo precisará ter ótimo conhecimento de matemática e física, além de ter intimidade com computadores. E poderá se especializar nas áreas seguintes: Agrometeorologia, Climatologia, Hidrometeorologia, Sensoriamento Remoto, Meteorologia Ambiental e Radiometeorologia.

Esta profissão é tão séria que virou até instituto governamental --> acesse INMET

sábado, 4 de abril de 2009

A Culpa é das Estatísticas

Finalizada a primeira enquete desse blog, comentarei os resultados.

Perguntamos se nossos leitores estavam satisfeitos com seus empregos. 23 pessoas responderam a enquete no período de 15 dias, o que dá a média de 1,53 votos por dia.

Vamos ao gráfico.

43% responderam que NÃO estão satisfeitos, seguidos de 35% que dizem SIM, estou satisfeito. Já os que ODEIAM seus empregos, 13%, superam os que AMAM o que fazem, representando apenas 9% dos votantes.

Esse é o reflexo da realidade brasileira? O número de votantes é insuficiente para ser levado a sério? Não podemos confiar nos números? (Visto que uma mesma pessoa podia votar de computadores diferentes, pois não era necessária identificação alguma para votar). Os próprios colaboradores do blog votaram na enquete?

Não tenho todas as respostas para as perguntas acima. Mas não é esse o objetivo aqui. O que queremos na verdade é expor a dúvida, propor a reflexão, mesmo que momentânea. Como dizem, de grão em grão...

Mas tenho que confessar uma coisa, eu votei na enquete. O que não invalida o resultado de forma alguma, fui absolutamente sincero na hora de escolher a alternativa. Como sei que o foram os outros 22 votantes.

E, por mais que esse número pareça pequeno, se pensarmos que ao menos uma dessas pessoas que votaram no NÃO, no ODEIO ou mesmo no SIM (mostrando que também não estão completamente satisfeitas, já que existia a opção Sim, muito), tiverem o ímpeto de tentar mudar essa situação, já valeu a pena ter criado esse espaço.

Para finalizar, exponho o pensamento de Max Gehringer para a Revista Época, em dezembro de 2008, sobre a frase, “Estou de saco cheio do meu emprego”:
De modo geral, o que gera esse tipo de insatisfação é a falta de perspectiva – aquela incômoda sensação de que amanhã será igual a ontem. Isso ocorre quando a pessoa pensa em um emprego, em vez de pensar em uma carreira. Um emprego é sempre uma relação de curto prazo, porque pode terminar a qualquer momento. Uma carreira é feita de decisões pessoais, sem a participação da empresa, que visam ao total esvaziamento do saco no longo prazo. Sugestão: estude, aperfeiçoe-se, participe de seminários, conheça profissionais que poderão auxiliar na construção de seu futuro. Se você pensar apenas em trocar de emprego, sua situação continuará a mesma.

Adiciono ainda outra sugestão: Não deixe de ler este blog!

Pois como diria o Chaves, “A culpa (pelo atropelamento do Seu Madruga) não é dele. A culpa é das estatísticas”.


Obrigado.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Idéias ou tendências?

Conversamos com o assistente de RH (recursos humanos), Diogo Pinheiro, 24 anos, que nos deu mais clareza sobre alguns fatos. Diogo é formado em Tecnologia em RH, cursa Psicologia, e é responsável por diversas áreas, incluindo recrutamento e seleção.

Analisando o mercado de trabalho hoje, percebendo certas mudanças profissionais, ou seja muitas pessoas abrem mão de um salário alto para manter um padrão de qualidade de vida, englobando mais saúde, tempo livre, menos estresse. E essa é apenas uma das novas tendências do mercado;


O que isso significa?
Essa mudança é visível. As pessoas, hoje, preocupam-se mais com a qualidade de vida.
Há tempos atrás as pessoas "viviam para trabalhar", hoje estão optando por "trabalhar para viver. Existe vida fora da empresa, o ser humano precisa desse tempo livre para desfrutar com a família, com os amigos, para descansar. Isso beneficia a saúde física e mental do trabalhador, e os resultados refletirão no seu desempenho dentro da empresa.
Muitos utilizam esse tempo livre para estudar, para se aprimorar na profissão que exercem e isso também traz benefícios para ambas as partes.
Por isso, no momento de uma contratação, tanto empregado como empregador devem deixar claras suas necessidades. A empresa deve informar corretamente a jornada de trabalho ao candidato e o mesmo informar quanto tempo livre necessitará, se estuda após o expediente ou aos finais de semana. Dessa forma não cria-se uma falsa expectativa de um para com o outro
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Sobre o conceito de contratação introduzido nas empresas nos últimos anos, ele nos explica quais os requisitos para uma boa contratação.

Existem inúmeros quesitos que devem ser levados em conta no momento de uma contratação, mas no caso de cargos de alto nível como gerencia ou diretoria, acredito que o principal é conseguir identificar se o perfil do profissional esta totalmente de acordo com a política da organização. No ato da entrevista, devemos tirar o maior numero de informações do candidato que pleiteia a essa vaga, e tentar identificar de que maneira esse profissional irá implantar métodos, normas e ações que venham a agregar, caso contrario, podemos colocar toda uma estrutura de um setor ou da empresa em risco com a contratação de um profissional inadequado.

A respeito de contratações de jovens, que pretendem seguir carreira, ou estão a procura de estagio, qual o olhar da empresa frente a essas contratações especificas?
Acredito que o profissional jovem de hoje precisa ter foco. Sabemos que é difícil decidir quando jovens qual carreira seguir.Sofremos influências da família, dos amigos, da mídia. Porém quando essa atitude é tomada tardiamente, o jovem não se especializa e acaba “ficando para trás” no mercado.


Aquele profissional que conhece “um pouco tudo” geralmente é substituído por aquele que conhece tudo e se especializa e algo.
É claro que uma visão generalista é essencial a um profissional hoje em dia, porém com foco e especialização em uma profissão, fica muito mais fácil ser escolhido em um processo seletivo.

Se um funcionário que lhe procurasse para dizer que está abandonando o emprego garantido, para viver o sonho se sua vida, porem sem garantias de sucesso futuro, colocando essa situação no cenário de crise atual.
Pessoas têm sonhos e anseios diferentes. E aí é que está o segredo!O que parece bom para uns, pode não ser bons para outros. Conheço pessoas que não conseguiriam, por dinheiro nenhum ficar sentado por 8 ou 9 horas atrás de uma mesa frente a um computador, outros porém não se vêem fazendo outra coisa.


O ser humano deve procurar o que é melhor para si mesmo. Aquele que tem um sonho deve tentar buscá-lo. Não há dinheiro no mundo que pague essa realização.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O prazer e a maldição de passar em um concurso público

Na época de entrar na faculdade, todos nós, estudantes, somos cheios de sonhos. Claro, escolhemos com todo cuidado o nosso curso, sempre esperando pelo melhor, começar a estudar e arrumar um emprego na área, vivenciar teoria e a prática, harmoniosamente. Bom seria, se fosse sempre assim, mas acontece que algumas vezes o sonho começa a virar pesadelo, as mensalidades vão vencendo, os semestres vão passando e nada do tão sonhado ‘estágio bem remunerado’. Então, começamos a pensar naquela que seria a opção mais lógica: prestar concurso público, afinal de contas o nível superior já te dá pontos a mais.

A maioria das pessoas tem a idéia de que ser funcionário público é a oitava maravilha; E pode até ser, dependendo do que nós esperamos da nossa vida profissional. Citemos algumas vantagens de se trabalhar para o governo:
- Estabilidade, você não pode ser mandado embora, a menos que pise feio na bola;
- O salário inicial geralmente é maior do que na iniciativa privada;
- Não se faz tantas horas extras como em empresas privadas;
- A maioria dos empregos oferece benefícios (e daí vem uma lista: difícil acesso, dedicação exclusiva, anuênio, auxilio família, auxilio aluguel, faltas abonadas, e muitos outros);
- O valor da aposentadoria é calculado pela média dos últimos salários, o que garante uma vida confortável fora da ativa.
- E, normalmente, trabalha-se ‘apenas’ de segunda à sexta-feira.

Conseguir uma vaga nesses concursos tem seus méritos, e sem dúvida é uma satisfação muito grande, para quem conseguiu, e para a toda a família. Que mãe não enche a boca ao dizer: “Meu filho é concursado, está com a vida feita!”. Será?!

Acontece que para quem está na faculdade, cursando algo que geralmente não tem a ver com o concurso para qual foi aprovado, começa um grande dilema, pois, com o passar do tempo bate aquele desanimo em continuar a estudar, porque não se aplica o que se aprende.

Depois de alguns anos trabalhando em um emprego público, passamos a nos sentir meio que escravos daquela ocupação, aliás, da garantia de salário no fim do mês, nesses tempos de crise seria muito arriscado trocar o certo pelo duvidoso, chega uma hora em que pensar em mudar de emprego não é nem opção, ficamos impotentes e começamos a encarar a faculdade apenas como um meio de conseguir o diploma.

Para quem quiser tentar conciliar concurso + estágio na área de estudo, a FUNDAP (Fundação para o Desenvolvimento Administrativo) abre todos os anos concursos de estágio para universitários em diversos cursos. As inscrições para o início desse ano já terminaram, mas é bom estar sempre de olho.